Opa, aqui é Marcello Vieira e, nesta 27ª Carta ao Investidor, eu vou fazer uma reflexão com você sobre o quão ativo você deve ser como investidor.
Quero compartilhar qual foi a conclusão que eu cheguei depois de muitos e muitos anos de mercado. Praticando e estudando os melhores investidores do mundo. Tendo a oportunidade de ter contato com alguns deles.
Vamos lá! Eu acho que existe um sweet spot, um um meio termo que é o ideal pra maioria.
Que é você ser relativamente ativo no mercado. Ou seja, comprar e vender os seus ativos, a sua carteira com frequência. Porém, não com a frequência exagerada de estar toda hora entrando e saindo do mercado, mas também sem ser simplesmente um investidor de longo prazo.
Por que isso? Eu acho que não é uma maneira efetiva de se investir, há um mal entendimento aí do que se fala: “Ah, mas grandes investidores, como Warren Buffett dentre outros, recomendam comprar para o longo prazo.”
Recomendam fazer isso porque é o que eles podem fazer. Eles têm múltiplos bilhões de dólares. Eles não conseguem comprar e vender com facilidade. Então é o que resta pra eles.
No começo da carreira do Warren Buffett, ele tinha mais de cinquenta por cento ao ano em média de rentabilidade. Ele girava o patrimônio com mais frequência. Depois que ele ficou grande, ele não conseguiu mais fazer isso. Aí a rentabilidade dele caiu, mas é aquela coisa: se você tem cem bilhões e fizer dez por cento no ano, você fez dez bilhões de dólares num ano.
Obviamente, quanto mais dinheiro você tem, menos rentabilidade você precisa para ganhar muito dinheiro. Ou seja, em um investimento de muito longo prazo, você está muito suscetível ao erro. Você pode montar uma carteira de ações que você julga que são empresas excelentes. Podem ser excelentes empresas hoje e, em cinco anos, muda o mercado, muda a dinâmica e aquela empresa pode ficar obsoleta. Cada vez mais isso acontece.
Se você for só investir em empresas, digamos assim, muito conservadoras, têm muito menos chance de acontecer. Se você investir em Coca-Cola, McDonald’s, Starbucks e empresas que são muito estáveis, têm menos chance de vir alguma coisa e acabar com elas. Também são empresas boas, mas que não tem grande potencial de crescimento. Daí você pode deixar muita rentabilidade na mesa.
Então, tem muita limitação. Se você tem menos de dez milhões de dólares para investir, está começando com seus primeiros duzentos e cinquenta dólares ou você já é milionário, você consegue entrar no mercado com facilidade.
Tem que aproveitar essa oportunidade de poder fazer isso. O pequeno investidor tem a possibilidade de conseguir mais rentabilidade do que o grande investidor por causa disso. Então, ou seja, investir a longo prazo, acho que definitivamente não é o melhor caminho.
Agora você girar demais também tem um problema que é, fora a questão de tempo, sua dedicação ao mercado, etc.
Algumas pessoas querem virar traders profissionais. Talvez não seja pra todo mundo , talvez seja pra você. Mas enfim, é pra uma minoria que realmente vai se dedicar muito e vai ficar muito bom nisso que é viável, mas não é fácil.
Agora pro investidor comum girar demais também pode ser muito ruim. Entra no mercado, sai do mercado, vai e volta. Você comete muitos erros assim. Você ficar acertando isso é muito difícil.
Então, é melhor ter um foco de médio e longo prazo. Por exemplo, no Auto Trade a gente usa isso. Se não tem nada numa tendência primária de alta, ou seja, uma tendência de longo prazo de alta, aí a gente sai do mercado.
Está tudo embaixo, às vezes é melhor você sair. Mas você não fica entrando e saindo loucamente, porque você acaba perdendo o desempenho, acaba errando ao longo do caminho. Mas, você tem que ter uma dinâmica de investir nas melhores empresas no momento.
Se aquela empresa já não está mais performando tão bem ou já apresentou um bom lucro e subiu bastante, agora o potencial dela não é de continuar subindo tanto. Enfim, você vai ajustando a sua carteira ao longo do tempo de uma forma um pouco mais dinâmica.
Sem exagerar no giro tem ficar entrando e saindo, trocando a carteira todo dia loucamente, mas também sem ter que acertar pro longo prazo quais que vão ser as empresas vencedoras em vinte anos, até porque muitas das empresas inclusive de inteligência artificial surgindo aí, várias provavelmente grandes empresas de inteligência artificial nem fizeram provavelmente o seu IPO ainda.
Vai ter muita oportunidade aí, tanto nas empresas atuais como empresas de semicondutores, a própria Microsoft, Google, etc., quanto novas empresas.
Então, eu acho que esse é o meio termo ideal.
É você ter uma dinâmica. Se tiver tudo muito feio você fica de fora. Senão você está no mercado e vai ajustando sua carteira. O Auto Trade faz tudo isso automaticamente.
A gente busca ficar nesse meio termo que é o que eu considero o ideal pra maioria.
Então é isso, para você que chegou até aqui, muito obrigado pela leitura.
Forte abraço,
Marcello Vieira