Aqui é o Marcello Vieira, e nesta 32ª carta ao investidor quero te convidar a refletir sobre a utilização das análises de analistas.
Ao longo dos anos, tenho acompanhado vários analistas, tanto do Brasil quanto de fora, o que me trouxe valiosos aprendizados.
É possível analisar os dados das empresas, seus balanços e obter informações relevantes. No entanto, é difícil para um analista ter um conhecimento aprofundado sobre determinada ação ou nicho. Geralmente, eles são mais teóricos e não possuem os contatos necessários para conhecer profundamente os CEOs e os detalhes do negócio.
Os números presentes nos balanços são indicadores válidos, porém, não são suficientes para avaliar completamente uma empresa. É preciso ter cuidado ao ler relatórios, pois nem sempre o analista conhece todos os detalhes do que está acontecendo naquela empresa.
É raro encontrar analistas com resultados consistentemente excelentes, pois eles não possuem o conhecimento completo necessário para avaliar todos os aspectos de uma empresa. Muitas vezes, suas decisões são baseadas em um conhecimento superficial.
Além disso, a maioria utiliza apenas análise fundamentalista, deixando de lado a análise técnica e quantitativa.
A vantagem está em combinar análise fundamentalista com análise técnica. Mesmo sem ter acesso a todos os detalhes, é possível interpretar o preço ou utilizar robôs, como fazemos no Auto Trade, para identificar quando há uma demanda maior por uma ação de uma empresa considerada sólida. Seguimos o mercado, pois os investidores que colocam o dinheiro primeiro sabem de algo que não sabemos.
Utilizar apenas análise fundamentalista, como muitos analistas fazem, não traz os melhores resultados. É importante acompanhar os analistas, compreender suas análises, mas também ter consciência de que a opinião deles pode estar equivocada. No final das contas, o que importa é utilizar o preço como referência para definir o momento de entrada, o que se mostra mais efetivo do que depender exclusivamente da opinião do analista.
Portanto, mantenha-se informado sobre as análises dos analistas, mas tenha em mente que nem sempre eles possuem o conhecimento completo ou acesso a todas as informações necessárias. Utilize a combinação de análise fundamentalista e análise técnica, observando o fluxo do mercado e utilizando ferramentas como robôs e força relativa para embasar suas decisões de investimento.
Se você chegou até aqui, muito obrigado por acompanhar a Carta ao Investidor.
Forte abraço,