O Bear Market Continua

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Marcello Vieira

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Vamos começar fazendo um resumo do que está acontecendo de mais relevante no mundo em termos macroeconômicos.

Em destaque temos uma inflação muito alta, tanto devido ao excesso de estímulo dos bancos centrais em decorrência da pandemia, quanto pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia que tirou muitas commodities da Rússia do mercado, gerando um aumento no preço.

Somado a isso, temos também uma série de problemas geopolíticos e logísticos, desde o início da pandemia que envolve, por exemplo, a China que é um dos principais fabricantes de todo tipo de produto e que ainda continua em lockdown.

E todos esses acontecimentos e fatores são extremamente inflacionários.

A inflação alta enfraquece e gera uma desestabilização na economia. Isso porque as pessoas perdem o poder de compra.

E o que os bancos centrais têm feito ao redor do mundo?

Eles têm elevado os juros porque aumentando o custo do capital desacelera a economia e desestimula o consumo. Dessa forma, isso vai naturalmente ajudando a baixar a inflação.

Embora elevar os juros não resolva os problemas de base logísticos.

Hoje, o principal driver (condutor) desse aumento de juros é a inflação.

E, se a inflação não baixar, o FED (Banco Central Americano) já deixou bem claro que vai continuar aumentando os juros.

Com o FED aumentando os juros, o mundo todo também tem que aumentar. Isso acontece porque senão o dólar fica muito forte.

Por exemplo: se a renda fixa nos EUA estiver rendendo mais, o dinheiro irá migrar pra lá. O que faz com que o valor das outras moedas caiam.

E se o FED continuar aumentando os juros, pode causar uma grande recessão, gerando diminuição do crescimento econômico, desemprego e uma série de outros problemas.

Tudo isso leva a alguns questionamentos: Vamos ter recessão? Será que o FED vai errar na dose?

No meu ponto de vista é bem possível que sim. Historicamente esse é o cenário mais provável.

Para operar o mercado, os fatores que são importantíssimos na prática são o quantitative easing (injeção de dinheiro) e o quantitative tightening (aperto monetário).

O FED literalmente injeta dinheiro e liquidez nos mercados, principalmente através do mercado de tesouro.

E quando o FED está injetando dinheiro no mercado e provendo liquidez, os ativos de risco como Bolsa e cripto sobem.

E ao contrário, quando existe aperto monetário, os mercados de risco caem. É o que estamos vendo atualmente.

E a principal correlação do mercado de cripto é com o quantitative easing (injeção de dinheiro) e o quantitative tightening (aperto monetário). Muito mais até do que com o halving do Bitcoin e outros motivos.

Esse é o cenário atual. Por isso que estou bearish (pessimista).

Pessimista do ponto de vista da economia e de que o cenário mais provável é que o mercado caia, não pessimista como investidor, porque há oportunidades com o mercado caindo.

E falando em oportunidades, aproveito para dizer que as inscrições para o Programa A Nova Moeda estão abertas e com uma grande novidade: Uma NOVA estratégia com potencial de capturar movimentos explosivos também no bear market (baixa do mercado).

Ao final da análise dos gráficos do cenário macro, você encontrará uma descrição bem detalhada de como funciona a nova estratégia do A Nova Moeda e também os resultados com backtest.

Se eu fosse você, aproveitaria essa chance!

No meu cenário base (mais provável), acredito que a inflação vai cair, mas não tanto quanto o FED espera. O FED quer uma inflação em 2%.

E com isso, o FED vai manter os juros altos por mais tempo, vai provocar uma recessão e então a inflação cai. Gerando um bear market mais prolongado.

Com recessão, os balanços das empresas vêm ruins, algumas empresas mais vulneráveis quebram, etc…

E qual seria um cenário mais improvável, mas positivo do ponto de vista econômico?

Se a inflação realmente despencar, e o FED pivotar da ideia de aumentar muito os juros. Dessa forma, pode não provocar uma recessão ou se tornar apenas uma recessão rápida, mais branda e que permite que a economia volte a crescer mais rapidamente.

E então voltar a ter estímulo e impressão de dinheiro. O que não é possível de ser feito em um cenário inflacionário, sob o risco de descontrolar completamente a inflação.

Contudo, para mim, o cenário mais provável economicamente falando é mais negativo.

Por exemplo: com a Europa em uma situação delicada devido os problemas energéticos com a diminuição do recebimento de gás natural da Rússia. Por lá, será necessário fazer racionamento de energia e, dessa forma, as indústrias ficam pouco competitivas e devem entrar em uma séria recessão.

E como isso afeta o Brasil?

O Brasil encontra-se em uma situação razoável. Para o nível de país emergente, o Brasil não está com as contas públicas ruins mesmo pós pandemia.

No Brasil o aumento de juros foi rápido e é bem provável que a taxa já esteja no topo e daqui pra frente tende a diminuir.

Como o Brasil é um grande produtor de commodities, com o preço das commodities em alta, o país pode ter alguns anos de crescimento econômico.

Mesmo com a situação no mundo conturbada, o Brasil está indo relativamente bem.

Como investidor e trader, acredito que devemos buscar oportunidades independentemente do mercado estar em alta ou baixa.

Aqui no Investidor de Sucesso, a gente opera de acordo com o cenário: bull (alta) ou bear (baixa).

Claro que o ideal como trader é ver estímulo de dinheiro no mercado, inflação despencando e mercado bombando como vimos em 2020-21.

Surfar grandes altas é o ideal porque é o cenário mais lucrativo.

E vale sempre lembrar que o mercado antecipa tudo. Provavelmente, os mercados de  Bolsa e cripto vão começar a subir antes de acabar o aperto monetário.

Agora vamos para o gráfico ver como tudo isso que comentei está afetando os preços.

Começando por DXY – ETF de dólar contra uma cesta de moedas.

Vemos o dólar muito forte por causa do aumento dos juros.

Com dólar alto para importar produtos fica muito caro, a inflação dispara. Então com os juros aumentando nos EUA, todos os outros países são obrigados a também aumentar para que o dinheiro não migre todo para os EUA e as moedas se desvalorizem tanto.

EURUSD – Euro despencando em relação ao dólar.

O Euro que está com sérios problemas.

USDJPY está subindo.

O dólar está se valorizando em relação ao Yen Japonês com força porque o Japão continua com juros baixos.

USDBRL – O Real está relativamente forte. Os juros no Brasil aumentaram rápido e com a alta rentabilidade da renda fixa, atrai bastante capital.

VIX – o índice do medo.

Acho pouco provável que tenhamos chegado ao fundo de mercado com VIX (índice do medo) tão baixo.

SPXUSD – Chegou a cair 24% no ano, fez uma pernada de alta razoável de 17% – que acontece em bear market – e voltou a cair com o FED (banco central americano) deixando bem claro que realmente vai combater a inflação aumentando mais os juros.

E o mercado vem despencando desde então.

NASDAQ – está de forma bem parecida que SPXUSD.

IBOV – Índice Bovespa vem relativamente forte, repicou bem.

Desde o topo chegou a cair 24% e agora está caindo 15%. Isso porque, como eu comentei, o Brasil está em uma situação um pouco mais interessante.

GOLD – o ouro mesmo sendo uma reserva de valor tem performado muito mal.

Agora as commodities com COPPER – cobre que é um forte indicador de recessão está caindo.

USOIL – Petróleo também caindo de forma considerável.

Se perder esse suporte pode ir pra região de USD 60 dólares.

A médio prazo eu estou bullish (otimista) com o preço do petróleo, mas com o risco de recessão e redução da demanda, está tudo caindo.

Chegando em cripto.

Bitcoin desde o topo na região dos USD 69k já caiu 73% o que é normal para uma moeda como o Bitcoin, que é uma nova tecnologia que aspira ser reserva de valor.

Comparando com a Bolsa, o Bitcoin não fez uma pernada de alta tão forte.

Agora voltou a cair e esse suporte dos USD 20K é muito importante. É o topo do bull market de 2017-18.

Pra perder esse suporte só se começar a quebradeira na economia, que eu acredito ser o cenário mais provável.

Ethereum que está com a atualização do Merge acontecendo, se não der nenhum problema ele vem relativamente forte.

Com a mudança de proof-of-work (prova de trabalho) para proof-of-stake (prova de participação), o Ethereum vai ter “dividendos” e segue mais forte que o Bitcoin.

Inclusive, se o Merge der certo, não me surpreenderia se o Ethereum passar o Bitcoin em market cap (valor de mercado) daqui alguns anos ou até quem sabe, já no ano que vem.

BNB – Também vem mostrando força.

As corretoras sempre com bastante utilidade em seus tokens.

E diante desse cenário nos gráficos, o que fazer?

Na minha visão, não é hora de ficar comprado nem em Bolsa, nem em cripto. Em termos de posicionamento com carteira é hora de ficar de fora.

E pra quem está fora e pensa em fazer um posicionamento para o longo prazo, acredito que também ainda está cedo pra comprar.

Acredito que as oportunidades estão em fazer operações, independente se estamos em um bull (alta) ou no bear (baixa).

Pra quem me acompanha já há algum tempo, sabe que eu e vários alunos do A Nova Moeda surfamos muito bem o último bull com a ferramenta NM Índex – um robô que a gente fez para montar uma carteira de cripto – eu fiz 3.200% de novembro de 2020 a abril de 2021.

E de lá pra cá eu venho quebrando a cabeça pra ter uma estratégia matadora para operar tanto no bear market quanto com o mercado indefinido, e acredito que encontrei.

Aqui temos o backtest dessa Nova Estratégia do Programa A Nova Moeda:

Utilizando pares de long&short. No lado comprado (long) usamos uma moeda forte como BNB e no lado vendido (short) uma moeda ruim como ICP.

Na prática, funciona assim: Você compra mil reais de BNB e vende mil reais de ICP. E então, operamos a diferença entre os dois ativos. Os valores são apenas ilustrativos para ficar um número redondo. Você pode operar a partir de 100-200 dólares.

E qual é vantagem dessa estratégia?

A vantagem é que você pode ganhar independentemente do mercado cair ou subir porque você está operando a diferença entre os dois ativos.

Se o mercado cair, e BNB cair menos que ICP você ganha.

Se o mercado subir e BNB subir mais que ICP você ganha também.

E essa é a nossa aposta “fundamentalista”. A gente busca uma estratégia seguidora de tendência e capturar grandes movimentos.

No caso do par BNB | ICP, em 17 ordens, acumulou 1366% com os juros compostos em pouco mais de 1 ano e com queda máxima de apenas 18%.

Agora, por exemplo, deu uma entrada, e está com uma ordem de 29% de lucro.

Um outro exemplo BNB | EOS.

Nesse par eu estou com uma operação aberta e já com 17 mil dólares de lucro em apenas poucos dias. Veja:

O pessoal da programação está trabalhando para liberar o robô que vai executar tudo isso de forma 100% automática e, enquanto isso, tenho feito essas ordens na mão.

Então, basicamente, eu tenho feito operações de long&short porque eu acredito que o cenário macroeconômico está muito ruim e não é hora de estar comprado em cripto e nem em ações.

E esse tipo de estratégia é o modelo ideal até que a gente chegue em um cenário de injeção de dinheiro, juros em queda e o mercado pronto para bombar de novo.


E quando o bull market voltar, aí sim, ativamos a estratégia do robô NM Índex que captura as moedas com maior potencial explosivo de alta.

Não perca essa oportunidade de fazer parte do Programa A Nova Moeda e surfar o mercado com essa Nova Estratégia que tem tudo pra dar certo.

Forte abraço,

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MARCELLO VIEIRA

• Fundador do Investidor de Sucesso;
• Possui mais de 13.000 alunos;
• Mentor particular de grandes investidores;
• Investidor especialista em novas tecnologias e desenvolvimento de estratégias quantitativas;
• Transformou 32 mil em mais de 1 milhão de dólares em menos de 6 meses de forma pública e transparente;
• Participa de grupos e eventos com vários dos melhores gestores, investidores e traders ao redor do mundo.